A Opinião

maio 31, 2006

20 de Maio de 2020

Depois de sucessivos atrasos foi ontem inaugurado o Aeroporto Internacional da Ota, no mesmo dia em que as relações diplomáticas entre os estados Unidos e o Irão atingiram a ruptura total, após o Primeiro-ministro Iraniano ter ameaçado ordenar um ataque nuclear contra os Estados Unidos.

Outra obra que também já é uma realidade é a ligação em TGV entre Porto e Lisboa, numa altura em que a ligação Lisboa - Madrid começa a justificar ter sido construída.

Mas estas obras trouxeram também consigo um aumento dos impostos indirectos para pagar as despesas da sua construção, pois ao contrário do que havia sido anunciado, os privados pagaram alguma coisa, mas não pagaram tudo.

Os elevados números do desemprego fizeram disparar ainda mais os valores da criminalidade, que só não é mais assustadora ainda, devido ás forças de autoridade terem voltado a adquirir a autoridade que lhes havia sido retirada pelo poder politico na década passada.

A falência da Segurança Social, que muitos receavam no início de 2006, parece agora irreversível.

Ao longo das últimas duas décadas foram-se tomando medidas, que apenas retardaram o inevitável.

A agravar o problema encontra-se agora a reduzida taxa de natalidade que atingiu níveis assustadores, numa altura em que já só existem 3 maternidades no país.

Além disso, a imigração legal é hoje um problema bastante mais complexo do que a ilegal, devido aos centros de emprego estarem superlotados de desempregados estrangeiros, que tinham trabalhado nas gigantescas obras do TGV e da Ota, e que possuem ainda tempo de permanência suficiente para pedir esmola ao Estado que os acolheu.

O Plano Tecnológico que José Sócrates em 2006 afirmava ser essencial para a política económica do país e que seria a chave milagrosa para a resolução dos seus problemas estruturais, afinal não era mais do que uma bandeira eleitoral e durante o seu segundo mandato como Primeiro-ministro, foi colocado na gaveta.

Apesar da economia estar melhor do que em 2006, o limite do défice público persiste e a vida continua a não estar fácil para ninguém.

A Autoeuropa mudou-se para a Ucrânia.

O PIB caiu bruscamente.

A boa noticia é que o Iraque é hoje um país em paz, que produz elevadas quantidades de petróleo a preços muito reduzidos, o que atenua a elevada dependência energética do nosso país, que num referendo em 2009, disse não à energia nuclear.

Após ter sofrido sucessivas OPA’s, sem que nenhuma tivesse obtido sucesso, a Portugal Telecom continua a ser a maior empresa portuguesa, apesar de já terem passado quatro anos da deslocação da sua sede para Madrid.

Mas não é só a saúde dos números que não vai bem.

O vírus da gripe das aves, que no Inverno 2012 quase dizimou todo o leste europeu, sofreu uma nova mutação criando uma nova estirpe, mais mortífera e mais contagiosa, que faz com que a sida, apesar de ainda não possuir cura, pareça uma doença banal.

As Nações Unidas declararam recentemente que mil milhões de pessoas em todo o mundo não comem devidamente. No entanto, continuam-se a gastar biliões de euros na nova corrida espacial a Marte e na construção de uma estação permanente na lua.

A Europa, agora dos 29 é hoje um projecto demasiado heterogéneo com claros sinais de fractura. A China é agora um país democrático em forte crescimento, tornando-a atractiva aos investidores que a transformaram na nova locomotiva da economia mundial.

Acordei, foi tudo um pesadelo.

Terá sido?!

Paulo Pereira

5 Comentarios:

  • Paulo:
    O aeroporto da Ota é para ser levado para a frente, caso se queira ou não se queira. O nosso primeiro ministro José Sócrates defenderá isso com unhas e dentes e eliminará que tiver que eliminar para ver o seu intuito concretizado, nem que tenha que pisar a democracia em que vive Portugal!
    Segundo, os Estados Unidos que fracassem nas conversações no Irão! Não sei, não, aquela gente é levada do diabo!...
    O TGV tal como a Ota sofre do mesmo problema... enfim... não me pronuncio porque acho que somos tão pequenos em terreno para tal...
    O aumento dos impostos é o costume... É a ver o dinheiro sair diariamente das nossas carteiras...
    O desemprego vai ser ainda mais flagelante caso isto não mude...
    a segurança social não vai falir com as reformas pagas aos antigos operários com certeza... o plano tecnológico foi um coice na relva de Sócrates para caçar votos... a autoeuropa vai mesmo mudar qualquer dia para Ucrânia, a fome vai alastar nos paises pobres... e quando acordares Portugal será um pais realmente cada vez mais pobre a cada hora que passa...

    By Blogger João Branco, at 3/6/06 7:51 da tarde  

  • Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    By Blogger Nelson Rocha, at 8/6/06 2:30 da tarde  

  • viva, na minha opinião somos um pais que temtido oportunidades e não as tem aproveitado. Isto deve-se a contextos historico-culturais demasiado complexos. Somo acima de tudo um paísque movimenta capital, mas não aproveita. O capital que movimentamos devesse a pequenos injeções de capital que resolvem problemas presentes mas mantêm os problemas futuros. ( desde dos descobrimentos que assim é).
    Sem querer me esticar muito, espero que que portugal neste clima de paz armada. de usos e costumes inperialistas e fundamentalistas fanaticos. o pequeno Portugal consiga sbreiviver encontrado alguma solução na sua maravilhosa faixa atalântica.

    By Blogger Nelson Rocha, at 8/6/06 2:35 da tarde  

  • Shara, deixa me fazer-te uma pequena reparação na tua argumentação! Já não somos um pais que movimente assim tanto capital... éramos... o capital neste momento não se movimenta porque pura e simplesmente não existe investimento empresarial... e as multi nacionais estão-se todas nas tintas para novos investimentos... porque isso implica se bem sabes um pequeno ou grande aumento produtivo e a recruta de nova mão de obra... o problema também pode não se passar nestes trâmites... o problema passa-se é se o investimento dá ou não lucro... e nesta altura do " campeonato económico" ninguém quer arriscar milhões de euros do seu bolso em projectos que podem ou não singrar numa economia estagnada, digo melhor, que está em puro regresso ao que era antes do 25 de Abril, apostar...
    Só mesmo este aspecto... porque de resto apreciei a tua sugestão para a faixa atlântica... é um dos preciosismos naturais que dispomos e que não aproveitamos convenientemente!

    By Blogger João Branco, at 10/6/06 12:18 da tarde  

  • Não esquecendo que nessa altura estaremos no 24ª lugar no que toca a educação,justiça,etc,mas tal não será problema,pois o governo de coligação PS/CDU/BE-liderado por Jamila Madeira,reflexo das leis da paridade-vai resolver tudo,começando por expropriar Belmiro,Pereira Coutinho,Henrique Neto,etc!Por isso já sabem meus queridos,se querem ter futuro neste país,toca a não lavar e deixar crescer o cabelo nos proximos 3 anos,meter piercings em qtd semelhante ao peso dos parafusos das pernas do Mantorras,e claro,uma tatuagem que saia de um rol de personagens do tipo Fidel Castro,Che,Sub-comandante Marcos,Mao,Kim IL-Sung,enfim,um qq assassino de massas,perseguidores de católicos e/ou intelectuais.Já estou a ver Fernando Rosas a PR,o futuro está garantido,não sejas mau Paulinho...:)

    By Blogger Franzini, at 25/6/06 10:43 da tarde  

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