A Opinião

abril 20, 2006

PELOS OUTROS – Associativismo Juvenil

A expressão associativismo designa por um lado a prática social da criação e gestão das associações (organizações providas de autonomia e de órgãos de gestão democrática: assembleia geral, direcção, conselho fiscal) e, por outro lado, a apologia ou defesa dessa prática de associação, enquanto processo não lucrativo de livre organização de pessoas (os sócios) para a obtenção de finalidades comuns.

Embora “no papel” até parece algo simples e de fácil ligação com toda a população, na pratica é algo diferente, já que cada dia que passa, é cada vez mais difícil ver-se, de forma voluntária, alguém assumir de forma responsável uma participação activa nas associações locais. Deixando muitas de funcionar ou ficarem paradas no tempo, devido há falta de apoio, quer financeiro, quer principalmente de falta de pessoas para gerir e participar nas actividades prestadas pelas associações.

É inquestionável, que as associações, independentemente da sua actividade, promovem a integração, quer entre pessoas, quer entre localidades, assumindo um papel determinante na promoção da sua actividade, da sua cultura e consequentemente da sua própria localidade ou região.

Como todos temos consciência, hoje em dia, é bastante necessário saber comunicar, saber interagir com outras pessoas, em tudo o que nos envolve, principalmente a nível profissional. Actualmente, é cada vez mais frequente entrar em contacto com pessoas de outras localidades, outras regiões e até de outros países. Participando de forma activa em associações, começa-se a criar uma maior facilidade de comunicação entre diferentes pessoas.

É através da escola que aprendemos a ler, a escrever, a falar. Mas através do associativismo, temos a oportunidade de evoluirmos a nossa forma de comunicar, de viver em sociedade.

Normalmente não olhamos para as vantagens culturais que podemos adquirir através do associativismo, mas sim como mais uma forma de trabalho voluntário, e em muitas situações como uma total perda de tempo. Nunca vemos no associativismo uma forma de aproveitar algum do nosso tempo disponível, para ao evoluir culturalmente, poder-mos ajudar a dinamizar o meio onde se vive. De conhecer novas realidades, novas culturas ou simplesmente diferentes modos de pensar e de agir.

Independentemente da actividade que prestam ou da ideologia que defendem, em todas as associações esta sempre presente um grupos de pessoas, um grupo de amigos, um grupo que para o bem ou para o mal, encontra-se unido.

“as associações não devem viver desligadas umas das outras, mas sim em parceria, em sintonia umas com as outras”

Como qualquer um de nós, as associações não devem viver desligadas umas das outras, mas sim em parceria, em sintonia umas com as outras, para uma melhor gestão de recursos e para mais facilmente conseguirem evoluir e consequentemente dignificar a localidade ou a região a que pertencem.

Conscientes do que uma associação pode fazer para dinamizar o meio onde vivemos, e que nós podemos fazer para dinamizar uma associação, não continuemos a ser simples espectadores, passemos a ser sim, intervenientes activos, intervir de forma activa, não ter vergonha de assumir e dividir responsabilidades pela evolução e dinamização das associações locais, para que, assim possamos também ajudar a dinamizar a localidade onde vivemos!

Ricardo Caniçais
21 Anos - Desenhador CAD
rcanicais.aopiniao@gmail.com